quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Expo Brasil - Desenvolvimento Local acontecerá no RJ





Rio de Janeiro sedia 9ª Expo Brasil Desenvolvimento Local

Estamos diante de um processo que terá seu marco ao final do presente
ano: a construção da Expo Brasil Desenvolvimento Local 2010. Será a
nona edição deste grande evento itinerante, a primeira a ocorrer na
cidade do Rio de Janeiro, com data e local já confirmados: 1 a 3 de
dezembro de 2010, no Centro de Convenções SulAmérica.

Após o êxito das oito primeiras edições, a Expo Brasil Desenvolvimento
Local já se consagrou no calendário nacional como uma oportunidade
única de encontro de todos os interessados em apresentar, conhecer,
debater e impulsionar iniciativas de desenvolvimento local no Brasil,
constituindo-se no maior evento existente sobre o tema. E, a cada ano,
consolida-se como referência no nosso diálogo internacional em torno
de novas alternativas de desenvolvimento.

A Expo Brasil 2010 tem como meta um público presente de 2500 pessoas
(além de todos que terão amplo acesso e interação com o evento, via
internet), incluindo participantes de todas as regiões do Brasil e
convidados de outros países. O evento – que representará o ponto
culminante de um processo amplo de mobilização e divulgação – inclui
uma feira de projetos, palestras, painéis temáticos, apresentação e
debate de iniciativas concretas, oficinas e minicursos, além de
diversas atividades culturais.

O eixo geral da programação é a abordagem territorial do
desenvolvimento – territórios em rede – como referência de inclusão
produtiva, inovação e sustentabilidade. Entre os temas propostos
incluem-se: tecnologias sociais; acesso à comercialização e a serviços
financeiros para empreendimentos solidários e para micro e pequenas
empresas, economia verde (o meio ambiente como ativo do
desenvolvimento); e cidade criativa & economia criativa (a cultura
como ativo do desenvolvimento).

O evento será um canal de visibilidade de iniciativas em diferentes
escalas territoriais: comunidades, bairros, municípios e
microrregiões. A Expo Brasil 2010 será, sobretudo, uma oportunidade de
aprendizagem compartilhada, tendo como referência o impulso ao
desenvolvimento de base territorial como caminho de inovação,
compromisso ambiental e superação das desigualdades.

Confira projeto na integra no :

domingo, 26 de setembro de 2010

Você é eco-responsável?


Muitas empresas têm adotado novas medidas em relação ao seu impacto ambiental e ainda reforçam a necessidade de práticas de consumo conscientes junto a seus clientes. Você faz a sua parte?

Na hora das compras, quais são os seus fatores de decisão? Você leva em consideração apenas o preço e a marca? Ou também a procedência das matérias-primas e sua contribuição para o meio ambiente? É fácil observar a transformação radical dos hábitos de consumo nos últimos anos, como mostra a pesquisa "Nosso Mundo Verde"*, realizada pela TNS Research International em mais de 17 países. De acordo com esse estudo, 40% das pessoas em todo o mundo já mudaram algum detalhe do seu comportamento para beneficiar o meio ambiente. Entre os brasileiros, o número de "Ecoresponsáveis" é ainda maior: chega a 65%.

Muitas empresas têm adotado novas medidas em relação ao seu impacto ambiental e ainda reforçam a necessidade de práticas de consumo conscientes junto a seus clientes - uma atitude que tem dado resultado. Ainda segundo a pesquisa, nosso país é o segundo colocado no ranking de compras ecológicas, pois 83% dos brasileiros consideram-se dispostos a pagar mais por produtos ambientalmente amigáveis. Na Tailândia, cerca de 94% das pessoas aceita esse aumento no custo.

Nesse sentido, ainda há muito espaço para que o conceito de "capitalismo ecológico" se desenvolva. Considerar-se disposto a pagar mais pela marca que melhor utiliza os recursos naturais já é um grande passo para consolidar hábitos sustentáveis na população. Do lado corporativo, cabe às empresas desenvolver processos mais ágeis e menos dispendiosos e tecnologias mais limpas, além de informar aos consumidores sua real postura em relação ao meio ambiente. É imprescindível que eles tenham essa informação para fazer a escolha mais correta, seja no ato da compra ou ao indicar a marca.

Neste cenário, observamos que todas as fases da produção estão interligadas ao resultado final, agregando valor à imagem da marca e dos produtos. É como se a história de um produto fosse uma teia de aranha, em que todos os pontos são conectados e interdependentes. A palavra sustentabilidade trata exatamente dessa questão: aliar os aspectos econômicos às atitudes sociais e às práticas ambientais.

Ganham os consumidores que escolhem produtos "verdes" ; ganham as empresas com uma melhor imagem de marca ao colaborar para um futuro melhor e ganha a sociedade com um planeta mais limpo e com bases sólidas para o crescimento sustentável.

O investimento em práticas sustentáveis gera benefícios principalmente no destino final de um produto ou em suas formas de utilização. Por isso, além de verificar o preço de uma mercadoria, os consumidores devem prestar atenção em seus componentes e em seus impactos ambientais- seja em uma roupa ou em um equipamento motorizado. E com o avanço da tecnologia atual, o mercado hoje dispõe de inovações que conseguem reduzir os impactos na natureza e, ao mesmo tempo, gerar economia no seu bolso a longo prazo com produtos mais duráveis e econômicos – que podem demandar menos combustível, ou ser mais resistentes e duráveis, ou precisarem de menos manutenção. É o caso da tecnologia X-TORQ®, desenvolvida pela Husqvarna, que possibilita economias de até 20% de combustível e 60% menos emissões de poluentes.

A sustentabilidade corporativa avança ao oferecer ao consumidor produtos que proporcionem maior economia com menor impacto ambiental. Esse é nosso grande desafio. Trabalhamos para que ser "eco-responsável" seja cada vez mais fácil – pelo bem do nosso progresso e pelo bem-estar das próximas gerações.


Por Ronaldo Callmann , www.administradores.com.br

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Produtos Ecológicos na Adventure sports



Cooperadamente presente junto ao projeto Mercosol pelo segundo ano consecutivo na Adventure sports fair, que esse ano está sendo realizada no Anhembi.
O Stand está localizado no espaço da Sustentabilidade atrás do stand dos parceiros do chá Tribal Brasil e além dos produtos em bambu tem produtos de outros empreendimentos ecológicos da rede Solidária .

Passe lá e Adquira sua Caneca Ecológica, agora com Ecoverniz que da muito mais durabilidade ao produto.

Aguardamos sua visita !!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cooperadamente na Ecobusiness


Cooperadamente presente na Ecobusiness 2010, junto a outros empreendimentos ecológicos com o projeto Mercosol da itcp-Fgv.

Dando mais foco a linha de Ecobrindes e Utensílios, e agora com inovação nas EcoCanecas de Bambu com aplicação de verniz ecológico, cooperada estará no evento aberta a novas parcerias e projetos.

Visite o Stand !

sábado, 14 de agosto de 2010

Sustentabilidade Social começa em casa

Formação de futuros cidadãos começa nos lares de hoje.

O conceito de sustentabilidade vem ao longo do tempo sendo ampliado, conforme a própria evolução da humanidade. Até chegarmos ao conceito mais utilizado atualmente que trata da solidariedade intergerações, de tal modo que o bem estar das gerações atuais não pode comprometer as oportunidades e necessidades das gerações futuras, passamos por várias etapas. Inicialmente o conceito de sustentabilidade relacionava-se quase que exclusivamente às questões ambientais, não sendo levadas em consideração as dimensões econômicas e sociais. Desta forma que esta chamada era quase como um grito de guerra das organizações não governamentais voltadas para as questões ambientais. Estava distante da lógica dos negócios.

Sérgio Buarque em 1994, também conceituou o desenvolvimento sustentável como o “Compromisso com o futuro e a solidariedade entre gerações”. Resumidamente o autor nos chama para o cuidado, com o outro, com a terra, com a vida. Isto nos faz pensar que a sustentabilidade social começa em casa. Provocador o tema, mas extremamente educativo. Hoje, vivenciamos um cenário onde as empresas privadas estão incorporando às suas estratégias de gestão critérios ambientais para todas as etapas do processo produtivo e ainda levando em consideração as dimensões sociais como critérios para a seleção e monitoramento de seus bens e serviços e o compromisso formal com a valorização da diversidade.

A dimensão econômica também está sendo impactada por este conceito onde existem metodologias que avaliam o impacto da incorporação de aspectos socioambientais nos resultados financeiros da empresa e também sistemas de gestão de riscos, quantificando muitas vezes o percentual do mesmo na reputação da empresa, na liquidez, no crédito etc.

A evolução tem sido constante e o Brasil, até o final de 2009 possuía 97 empresas certificadas pela SA8000, referente a boas condições de trabalho. É o quarto país no mundo em empresas com a certificação, atrás de Itália, Índia e China. Em relação a créditos de carbono, 226 projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) estão em andamento no país, que é o terceiro no mundo em número de projetos, atrás da China e Índia.

Os números também tem sido tentadores em relação às empresas signatárias do Pacto Global (417 no total) o que coloca o nosso país na quarta posição, seguido da França, Espanha e México. Levando em consideração que preservar a vida é um ato de caráter maternal, não temos como não considerar que esta ação deve-se iniciar nos lares, nas famílias, de onde sairão os futuros gestores das organizações privadas, não governamentais, governamentais, cidadãos adultos responsáveis pelas futuras gerações.

Por Izabel Portela*

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Bilionários pelo meio ambiente

Por Hazel Henderson*

“Bill, Melinda e Warren, o que lhes parece convencer seus amigos a investirem na produtividade verde?”, pergunta a economista Hazel Henderson neste artigo exclusivo.

St. Augustine, Estados Unidos, 5 de julho (Terramérica).- Aplaudo Bill e Melinda Gates e o financista Warren Buffett por desafiarem outros multimilionários a doarem, durante suas vidas, a metade ou mais de suas enormes fortunas a obras de caridade. Em maio de 2009, eles propuseram a David Rockefeller ser o anfitrião de um primeiro jantar secreto com George Soros, Ted Turner, Oprah Winfrey, Michael Bloomberg, David Rockefeller Jr. e outros bilionários, no qual lançaram a campanha.

O casamento Gates e Buffet já está no caminho correto, pois dirigem suas doações para a África e países em desenvolvimento de outros continentes, bem como a educação. E eles podem convencer seus amigos ricos a irem além de financiar luxuosos pavilhões com seus nomes em universidades da elite. Esse tipo de filantropia está fora de moda.

Também está fora de moda a expansão subsidiada de empresas vinculadas a combustíveis fósseis, do carvão ao petróleo, passando pelas petroquímicas, o aço ou a indústria automotiva devoradora de gasolina, até a agricultura em escala industrial e as grandes companhias farmacêuticas. Bill Gates poderia se desligar do American Energy Innovation Council, que pressiona o Congresso dos Estados Unidos para obter US$ 16 milhões em subsídios à pesquisa com “carvão limpo”.

O melhor que os filantropos podem fazer é unir suas forças a grupos progressistas, para acelerar a transição para uma Era Solar que aplique modelos de desenvolvimento humano baseados na potencialidade e produtividade dos sistemas naturais que, há milhares de milhões de anos, a natureza nos oferece. A Iniciativa por uma Economia Verde, de várias agências da Organização das Nações Unidas, está sintonizada com os programas da Fundação Gates, bem como com a iniciativa Economia dos Ecossistemas e a Biodiversidade, o instituto Zeri, fundado pelo empresário Gunter Pauli, autor do livro “The Blue Economy”, e o Biomimicry Institute, de Janine Benyus.

Como conseguir os investimentos necessários para impulsionar esta grande transição para a Era Solar? Bill e Melinda Gates podem conduzir seus pares para as tecnologias inovadoras, que só esperam recursos para concretizar essa transição.

Eles podem unir-se à Rede para os Mercados Financeiros Sustentáveis e com líderes em finanças que estão preparando o terreno, com os Princípios para o Investimento Responsável da ONU (com US$ 20 bilhões em ativos), a Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Certificadora de Padrões Ambientais Ceres (com US$ 3 bilhões), e o Institutional Investors Group on Climate Change (com US$ 8 bilhões).

Desde janeiro de 2007, foram investidos ou comprometidos US$ 1,248 bilhão em negócios de eficiência energética, agricultura sustentável e energias limpas, bem como em outras tecnologias que estão deslocando as antigas empresas contaminadoras e os financistas do passado. Este fascinante progresso costuma ser ignorado pelos principais meios de comunicação, ainda mantidos pela publicidade dos setores fossilizados da sociedade.

A Ethical Markets Media (http://www.ethicalmarkets.com) dedica-se a promover a reforma dos mercados mundiais e o crescimento da economia verde. Publicamos informes diários sobre novas tecnologias, investimentos, empreendimentos e companhias que lideram o caminho para a transição verde (http://www.greentransitionscoreboard.com). Usamos o modelo Climate Solutions 2, da firma com sede na Austrália Climate Risk Pty, para mostrar que é possível garantir a transição verde investindo US$ 1 bilhão por ano em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, até 2020.

São US$ 10 bilhões em dez anos, menos da metade dos US$ 23 bilhões empregados para resgatar o setor financeiro e automobilístico dos Estados Unidos, em bancarrota, pagos pelos contribuintes. Esses US$ 10 bilhões representam menos de 10% dos valores manejados por investidores institucionais, fundos de pensão e fundações de caridade do mundo, estimados em US$ 120 bilhões.

Assim, Bill, Melinda e Warren, o que lhes parece convencer seus amigos a investirem na produtividade verde e os ajudar a modernizar seus velhos portfolios?

Assim poderão treinar seus administradores e consultores em novas formas de avaliar ativos, considerando os fatores ambientais, sociais e de governabilidade, que permitem monitorar com certeza a produtividade verde. A visão de Bill e Melinda Gates já fez a grande transição para o verdadeiro desenvolvimento humano. Eles e Buffett podem nos ajudar a chegar a um novo cenário mundial, que supere a obsoleta noção do produto interno bruto.

* Hazel Henderson é economista norte-americana, autora de Ethical Markets: Growing the Green Economy (2007) e coautora dos indicadores de qualidade de vida Calvert-Henderson (http://www.Calvert-Henderson.com). Direitos exclusivos IPS.


Crédito da imagem: Fabrício Vanden Broeck

Fonte:Terramérica

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ecoeficiência: Forma e Conteúdo

O compromisso de uma empresa com o desenvolvimento sustentável deve ser avaliado por um conjunto de práticas e por sua evolução ao longo do tempo. A percepção interna e externa desse compromisso depende do grau de transparência e da eficácia da companhia ao comunicar seu desempenho tanto em relação aos indicadores de excelência quanto àqueles que, embora ainda aquém do ideal, estejam progredindo na direção desejada. Ou seja, nem toda empresa genuinamente comprometida com a sustentabilidade é percebida como tal e vice-versa.

O processo de construção e difusão da reputação em sustentabilidade se dá de várias formas, sendo uma das mais eficientes a propaganda boca a boca espontânea das pessoas e entidades com quem se interage no dia a dia – os chamados públicos de interesse – e que constatam na prática esse diferencial da empresa. Outro canal poderoso é a participação em associações reconhecidamente sérias que promovem a responsabilidade social corporativa e em seminários e eventos com credibilidade para atrair os maiores especialistas no assunto. Premiações relevantes e criteriosas também conferem reconhecimento valioso.

A publicidade pode igualmente ser útil como ferramenta complementar se usada com inteligência e veracidade, sem se confundir com greenwashing, e é frequentemente empregada pelas corporações em grandes datas comemorativas como o dia mundial do meio ambiente. O motivo que as leva a recorrer à publicidade nessas ocasiões é o mesmo que as move em outros temas: informar/formar o público através de técnicas específicas da propaganda, inclusive a capacidade de despertar emoção nas pessoas, buscando estabelecer com elas uma relação de confiança ou empatia. O que talvez seja mais intenso na questão específica do desenvolvimento sustentável é o caráter simbólico da iniciativa, no sentido de transmitir a crença de que a preservação do meio ambiente é uma causa comum à toda sociedade e que ninguém pode ficar indiferente a ela.

Nesse contexto da publicidade, há que se buscar um equilíbrio entre forma e conteúdo. Em certos casos, para garantir consistência à mensagem desejada, não há como fugir de expressões técnicas, mas sempre que possível é preciso traduzi-las numa linguagem compreensível a todos. A Braskem, por exemplo, tem indicadores de Saúde, Segurança e Meio Ambiente que são benchmarks na indústria química mundial e em constante evolução desde a criação da empresa. Por esse motivo, pode proclamar com orgulho que “melhorou seus indicadores de ecoeficiência”, sem correr o risco de ser mal entendida ao dizer que “reduziu seus indicadores de ecoeficiência”, como saiu publicado em recente peça publicitária. Seja como for, insustentável é pretender associar uma questão semântica tão trivial a um caso exemplar de greenswashing.

* Nelson Letaif é diretor de Comunicação da Braskem

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um Retrocesso à Sustentabilidade Ambiental


Destino das florestas brasileiras entregue aos ruralistas


O Projeto de Lei 6.424, de 2005, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e encaminhado pelo Presidente da Câmara dos Deputados à Comissão de Agricultura constitui um enorme risco para a integridade dos biomas brasileiros.

O atual código florestal Brasileiro estabelece a necessidade de que cada propriedade rural tenha uma área mínima de florestas e outros ecossistemas naturais conservados. Essa área mínima é a soma das áreas de preservação permanente (como topos de montanha, margens dos rios, lagos e outros cursos d’água) e a área chamada Reserva Legal. A função da Reserva Legal é de manter dentro de cada propriedade, uma percentagem mínima de vegetação nativa, que cumpre uma importante função ecológica como habitat para a biodiversidade e fornece diversos serviços ambientais como o estoque de produtos florestais, controle de pragas e incêndios, melhoria da produção de água; na proteção do solo e corpos d’água evitando erosão e assoreamento; e captação de carbono da atmosfera;

A legislação brasileira estabelece que a área de reserva legal deva ser de 80% na Amazônia Legal, 35% na região de cerrado que esteja nos estados da Amazônia Legal e 20% nas demais regiões do país;

A grande maioria das propriedades rurais brasileiras não possui as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RL), conforme determina o código florestal. O PL 6424 é uma tentativa de estimular os proprietários rurais a regularizarem sua situação perante o código florestal. A legislação brasileira atual já prevê, em alguns casos específicos, mecanismos de compensação, onde o proprietário compensa o dano ambiental causado em sua propriedade por meio de aquisição direta de uma área com vegetação nativa em região próxima à sua propriedade ou através de cotas de reserva florestal;

O PL 6424 aumenta de forma inconseqüente e sem o devido embasamento técnico - cientifico as formas de compensação, permitindo novos mecanismos que terão um impacto significativo na biodiversidade e conservação das florestas brasileiras e no ordenamento territorial da paisagem rural brasileira;

As ONGs abaixo assinadas indicam os seguintes pontos do PL 6424/2005 consistem em ameaças a conservação das florestas:

1. A Possibilidade de recuperação de 30% da Reserva Legal na Amazônia com espécies exóticas, incluindo palmáceas.

Na prática, esse dispositivo significa a redução da Reserva Legal na Amazônia para 50%, pois o uso de espécies exóticas reduz as funções ecossistêmicas das florestas nas propriedades privadas.

2. A Possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia, no mesmo estado e bioma.

Este dispositivo estabelece a possibilidade de manter bacias hidrográficas sem áreas de floresta, com impactos ecológicos significativos, desestimulando a recuperação de áreas degradadas e a conseqüente recuperação de sua função de fornecedora de serviços ambientais tais como a produção de água e chuva para outros estados brasileiros.

3. A Possibilidade de cômputo da Área de Preservação Permanente no percentual de Reserva Legal.

Em algumas regiões do País isso pode significar que a Reserva Legal deixa de existir, pressupondo equivocadamente que a função ecológica e econômica da Reserva Legal possa ser cumprida pelas áreas de preservação permanente, onde o seu manejo é mais restritivo

4. A Compensação da Reserva Legal mediante doação de área para regularização fundiária de terras de comunidades tradicionais ou a recuperação ambiental de áreas degradadas no mesmo estado em territórios de povos e populações tradicionais, assentamentos rurais ou em florestas públicas destinadas a comunidades locais.

Trata-se da transferência de ônus da regularização da reserva legal de propriedades privadas para comunidades tradicionais, restringindo a possibilidade dessa comunidade em decidir sobre o uso do seu território. A compensação obrigará a comunidade a manter essa área sob o mesmo regime da Reserva Legal. Trata-se de uma transferência de responsabilidade do poder público a terceiros. No caso da recuperação cria um ônus pela responsabilidade de manutenção das áreas a serem recuperadas.

5. A falta de vinculação da concessão de crédito à regularização ambiental das propriedades rurais.

Com isso, mantém-se a possibilidade de acesso ao crédito rural pelas propriedades que desmataram áreas acima do permitido pelo código florestal brasileiro.

6. Falta de incentivos econômicos para recuperação e manutenção da Reserva Legal.

Perde-se a oportunidade de propor mecanismos econômicos para viabilizar um modelo de desenvolvimento econômico baseado na floresta em pé, explorando os seus produtos e serviços de forma sustentável,

Além disso, tendo em vista a rapidez com que vêm se dando as negociações em torno da proposta, houve pouca participação de representantes de organizações da sociedade civil, em especial das instituições que atuam em outros biomas igualmente importantes, como caatinga e cerrado, e do envolvimento da opinião pública brasileira. É fundamental que as conseqüências das propostas para estes biomas sejam devidamente analisadas e as mudanças avalizadas pela sociedade.

Grupos ambientais estão fazendo tudo o que podem para impedir os ruralistas, mas eles precisam de nossa ajuda. Mais de 90.000 brasileiros assinaram a petição para salvar o Código Florestal em menos de duas semanas. Mas agora nós precisamos aumentar a pressão e enviar milhares de mensagens aos líderes partidários. Os líderes estão negociando o posicionamento dos partidos agora mesmo - envie uma mensagem para eles, deixando claro que não queremos alterações no Código Florestal!

Acesse:

http://www.avaaz.org/po/mensagem_codigo_florestal/97.php?cl_tta_sign=cb1464084cfc45bc53d2ffcadbe10f33

Propostas de alteração do código florestal devem estar baseadas em critérios objetivos, evitando-se um elevado grau de subjetividade a ser definido por regulamentações posteriores e a transferência da responsabilidade para os estados cuja estrutura de gestão ambiental precária ou inexistente.

Aprimorar o Código Florestal, na lógica de otimizar o uso de áreas desmatadas e impedir novos desmatamentos é uma perspectiva positiva do ponto de vista socioambiental. Para tanto, é fundamental que as mudanças consolidem um entendimento comum de valorização da floresta e que estejam de acordo com as expectativas da opinião pública brasileira.

As entidades ambientalistas reconhecem que é indispensável para o país promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Combinar esses fatores à conservação dos recursos naturais, garantindo a integridade dos ecossistemas é fundamental para a um desenvolvimento sustentável a longo prazo.

Entretanto, a crise climática global e o papel dos desmatamentos na emissão de gases do efeito estufa exigem uma postura enérgica de controle dos desmatamentos e manutenção dos ativos florestais existentes no País. A proposta tal como apresentada, ao contrário, contribui para a redução da cobertura florestal em um momento em que surgem os primeiros sinais de um aumento nos índices de desmatamento ao longo da fronteira agrícola brasileira.

É fundamental que a proposta como um todo seja revista de forma cuidadosa, com um amplo debate envolvendo a sociedade brasileira.


Vamos agir juntos,com força,pela Vida do Planeta !

sábado, 15 de maio de 2010

Espaço da Cultura do Consumo Responsável funcionando todas Quartas-Feiras


Espaço da Cultura de Consumo Responsável no Tendal da Lapa é inaugurado,dando acesso a Alimentos frescos agroecologicos diretamente do produtor, além de produtos da Economia solidária com caráter ecológico como utensílios de bambu,sabonetes vegetais,vassouras de pet e muito mais.

Os encontros com as feiras estão ocorrendo todas quartas-feiras e necessitam de visitantes ativos em maior número para poder se consolidar e se tornar permanente.
O Espaço fica na Rua Guaicurus 1100 Lapa - São Paulo (dentro do Tendal da Lapa) Próximo a Estação de Trem da Lapa.

Os produtores principalmente os agricultores que trazem produtos orgânicos recém colhidos, precisam distribuir suas produções,senão a feira acaba não valendo a pena para eles. Comenta um visitante consciente da feira.

Muitos produtores vem direto do interior paulista para o Espaço da Cultura do Consumo Responsável, acreditando na proposta do espaço para a distribuição de seus produtos e crescimento de uma nova consciencia, além das feiras a cada semana acontece uma oficina com um tema diferente.



Prestigie essa ação !

Barracas de Bambu desmontáveis

Cooperadamente lança projeto de Barracas de Bambu através do empreendimento Bambu Zyon.Foram confeccionadas cerca de 20 barracas para o Espaço da Cultura de Consumo responsável no Tendal da Lapa, espaço que vem funcionando todas Quartas-feiras com a comercialização de alimentos Agroecológicos e produtos da Economia Solidária.

O Projeto das barracas de bambu mobilizou a equipe inteira da Cooperada,que em tempo recorde deu conta de preparar e montar as mesmas para o lançamento do Espaço de consumo com o Seminário de Sementes Crioulas que aconteceu no último dia 28. A Confecção dessas estruturas abriu caminho para uma série de serviços dentro da linha de Planejados para eventos.

Dois modelos de barracas foram feitos uma parte de 2 x 1m e outra de 2 x 0,70m ambos com esteira de bambu (mesa) enrolável , as estruturas do pés são fixas e a montagem e desmontagem é somente com as 4 travessas paralelas.

Para maiores informações entre em contato com a gestão de negócios (cooperadamente@gmail.com )

quarta-feira, 14 de abril de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Descobrindo o Bambu


O Brasil desconhece o potencial social e econômico dessa gigantesca gramínea denominada bambu. “Nós podemos viver sem carne; nós não vivemos sem bambu.” A frase atribuída ao pensador chinês Confúcio revela a importância da espécie vegetal para o continente asiático. Lá no outro lado do mundo, o bambu é considerado uma dádiva dos deuses e ouro verde da floresta. Uma série de fatores fazem do bambu uma planta especialmente diferenciada. Um dos destaques é o seu potencial de crescimento: cresce mais rápido do que qualquer outra planta do planeta e pode atingir até 30 metros. Além disso, o bambu é tolerante a solos com baixa fertilidade e, dependendo da espécie, os colmos podem ser cortados após dois a quatro anos. Como a espécie vegetal cresce de forma rápida, ele tem alto poder de seqüestro de carbono (CO2) e de reflorestamento de áreas devastadas. É ainda conhecido por suas propriedades de conservação do solo. Isso porque os bambus "costuram" os solos, tornando-os compactos e coesos. O bambu também é utilizado para a geração de energia (há estudos de que o álcool etanol pode ser retirado do bambu) e o carvão desta planta é considerado excelente. O bambu apresenta cerca de 55% de celulose. O papel de bambu tem a mesma qualidade que o papel de madeira. Os especialistas também argumentam que o bambu oferece seis vezes mais celulose que o pinheiro e suas fibras são muito resistentes e de qualidade superior à fibra de madeira. Na Índia, cerca de 70% do papel é feito à base de bambu. Na culinária, o broto comestível é capaz de fornecer proteína, fibras e elementos anti-oxidantes e é muito apreciado pelos asiáticos. Já há utilização do bambu em cosméticos, malhas e até em toalhas de banho. Os bambus também têm aplicação medicinal. “A tradição de uso do bambu no oriente nos diz que do colmo e das folhas da planta são extraídas bebidas antitérmicas, um extrato de sílica chamado tabashir empregado contra asma, loção para os olhos e ainda produtos como enzimas, hormônios, substâncias para cosméticos, xampus, etc. No Equador, na Colômbia e na Costa Rica, por exemplo, os bambus servem como matéria-prima para a construção de casas para populações carentes. Na Tanzânia existem 700 km de tubulações de bambu para irrigação A resistência à compressão de uma peça curta de bambu pode ser seis vezes superior ao concreto e o bambu picado pode substituir a areia/brita na confecção de concreto leve As espécies mais utilizadas e encontradas são: Bambusa vulgaris (papel e celulose), Plyllostachis aurea (vara de pescar ou cana da índia), Plyllostachis edulis (bambu moso ou bambu chinês), Dendrocalamus giganteus (bambu gigante), Bambusa tuldoides (balaios, artesanato, etc.). O bambu pode ser utilizado em esgotos domésticos Com base em dados do IBGE, 58% da população brasileira não tem acesso à rede coletora de esgoto. E mais: 84% dos municípios do país não possuem nenhum tipo de tratamento para o esgoto que é coletado. A quase totalidade desses resíduos é despejada in natura nos cursos hídricos, aumentando a insalubridade e mortalidade que afetam a população brasileira. O sistema proposto pelos pesquisadores da Unicamp possui baixa utilização de equipamentos mecanizados, uma vez que emprega materiais baratos e facilmente encontrados em diversas localidades, propiciando considerável vantagem de um tratamento simples e visivelmente econômico. É um método eficiente e adequado às condições econômicas brasileiras, de modo que pode ser aplicado em cidades de pequeno porte populacional, localidades isoladas, pequenas propriedades (sítios, chácaras), condomínios fechados, postos de gasolina e restaurantes de beira de estrada e hotéis de campo, por exemplo. Esse sistema alternativo aos tradicionalmente empregados, denominado de reator anaeróbio com recheio de bambu, pode ser utilizado no tratamento de esgoto de pequenos e médios municípios brasileiros. É composto por um cilindro de aproximadamente um metro e meio de altura por 0,76 m de diâmetro, com fundo de forma cônica. Dentro, 70 quilos de caule de bambu cortados em pedaços de 6 cm de comprimento. De acordo com o Professor Adriano Luiz Tonetti, esse método, combinado com outros sistemas complementares de tratamento filtros de areia, valas de filtração, escoamento superficial e irrigação de cultura agrícola possui a capacidade de produzir um efluente que possa ser reutilizado ou que, no caso de ser lançado em um corpo hídrico, não cause danos ao ambiente. No caso estudado, entravam no reator 10 litros de esgoto por minuto e o tratamento efetuado apresentou uma eficiência de aproximadamente 70% quanto à remoção de matéria orgânica que, se lançada num manancial (ou qualquer outro curso d'agua), afetaria consideravelmente a vida aquática do rio. Depois de passar pelo reator de bambu o esgoto, parcialmente tratado, evidentemente mais limpo, vai para um tratamento complementar, onde o líquido é aplicado sobre um filtro de areia. Segundo o Prof. Tonetti, "O efluente que sai desse segundo reator pode ser reutilizado para uma série de outras finalidades, como por exemplo para descarga sanitária, lavagem de calçadas, jardinagem ou qualquer outra atividade doméstica. Não serve, é evidente, como água potável ou para ser utilizada na cozinha, para o preparo de alimentos". Uma outra alternativa para a complementação do tratamento do esgoto liberado pelos reatores de bambu seria a sua aplicação em pequenas valas de filtração. "O que isso quer dizer é que, nesse caso, a camada de areia foi enterrada e recoberta pelo solo encontrado na própria região da execução do projeto. Além desse sistema ter apresentado uma grande eficiência, traz ainda como diferencial a vantagem de poder ser instalado no fundo de um quintal ou em uma pequena chácara ou sítio, não prejudicando a circulação de moradores", conclui o pesquisador. A espécie que a literatura julga mais adequada para utilização na construção civil é Guadua angustifolia, nativa da Amazônia, que foi escolhida pelo projeto para disseminação na região, visando a sustentabilidade da obra. Este tipo de bambu ocorre em vastas florestas naturais na Amazônia, especialmente na Colômbia e no Equador. Sem dúvida, o bambu é uma opção ecológica, prática e de baixo custo.

fonte :
jbarrosofilho